A campanha pela Prefeitura de São Paulo testará o poder de
mobilização suprapartidária da Igreja Católica, em uma eleição que colocará à
prova sua identificação histórica com a esquerda, evidenciada nas alas
progressistas e pastorais sociais.
Petistas e tucanos, que tradicionalmente duelaram pelo apoio
da metade do eleitorado paulistano que declara professar a fé católica, tentam
agora impedir alinhamento automático de padres e bispos à candidatura de
Gabriel Chalita (PMDB) - expoente da Renovação Carismática, corrente
conservadora que avança entre os jovens.
Mesmo com as restrições impostas pela arquidiocese quanto ao
engajamento direto de clérigos, Chalita, ex-coroinha, ex-seminarista e um dos
difusores da comunidade Canção Nova, espera contar com fervoroso exército de
cabos eleitorais carismáticos.
São 33 mil militantes ativos distribuídos em 412 grupos de
oração na capital.
"Embora não exista ainda deliberação formal, a maioria
dos carismáticos tem forte identificação com o Chalita. Neste aspecto, creio
que terá esse apoio, sim. As pessoas pedirão voto para ele", afirma
Gilberto Lopes, presidente do conselho arquidiocesano da Renovação Carismática
em São Paulo.
Chalita cultiva laços estreitos com dois dos padres mais
populares do país, de quem espera obter respaldo, ainda que informal: Marcelo
Rossi e Fábio de Melo, ambos campeões de audiência.
"É natural que exista uma associação, não só pela minha
trajetória na Canção Nova, mas pelos valores em comum", diz o
pré-candidato, que usa prédios cedidos por paróquias para reuniões com
eleitores na periferia.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias
acesso em 21 de junho de 2012
Marcelo Rossi e Fábio Melo, que dupla. Então se são 33 mil
militantes ativos, pressupõem-se que serão 33 mil votos. Chega de usar Deus ou
Cristo como desculpa para o voto. O Demostenes, o Maluf, o Serra, e tantos
outros são católicos, e dai ?
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