Mais de cem pessoas se reuniram hoje (17) no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.
Com cartazes, megafones e instrumentos musicais, os manifestantes -- alguns com o corpo pintado de verde -- pediram à presidente Dilma Rousseff que desista de avançar com o projeto.
"É um vasto problema de populações atingidas por barragens, reservas ambientais comprometidas. E para que essa energia? É para exportarmos lingote de alumínio a preço vil e reimportarmos pelo triplo do preço", disse José Prata, do movimento Brasil pelas Florestas.
Indígenas do Alto Xingu também participaram do protesto, dançaram e tocaram instrumentos tradicionais. O índio Farema, da etnia Kalapalo, disse estar preocupado com a possibilidade de a usina afetar os peixes dos rios da região.
"Não podemos construir essa usina. Nosso alimento é o peixe. Alto Xingu não come animal, só peixe. Estamos preocupados é com a usina acabar com tudo, estragar tudo."
Ontem (16), o juiz Carlos Eduardo Castro Martins, da 9ª Vara Federal no Pará, determinou a retomada das obras de Belo Monte. A decisão revoga liminar do próprio magistrado, que havia suspendido, em setembro, as obras da usina no curso do Rio Xingu, por entender que ameaçavam o transporte da população local e poderiam causar danos ambientais irreversíveis.
Notem bem, mais de cem pessoas.
Eu ainda não tenho uma opinião formada sobre Belo Monte, porém quando a Folha de São Paula, O Estadão e a Veja são contra, automaticamente me posiciona a favor.
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