Bullying - "Todo
ato de destruição trata-se de uma triste tentativa de matar no outro o que não
suportamos em nós mesmos"
As redes sociais acabam
por facilitar o nosso reencontro com o passado. Ao menos é o que tenho vivido
nos últimos dias, quando antigos colegas de escola criaram um grupo em uma rede
social e estão marcando um reencontro após mais de duas décadas se terem passado.
Mensagens começaram a
surgir. Fotos, lembranças... Impossível não recordar os velhos tempos! De
repente ressurgem antigos apelidos e memórias que andavam soterradas sob as
infinitas solicitações do dia a dia.
Tudo isso me fez pensar
em um tema que, embora não seja atual, apenas recentemente tenha conquistado
seu lugar: bullying.
Claro que na minha
época também existia. Eu mesma passei pelo suplício de me deparar com a
crueldade alheia, acreditem, embora naquela época não existisse um nome para isso.
Como na nossa sociedade “o que não tem nome, inexistente é!”, prosseguiam
livremente os atos arbitrários de pura maldade, com a anuência e, muitas vezes,
colaboração dos adultos, até mesmo de professores. Em minha meninice eu não me
cansava de perguntar o que fazia uma pessoa sentir prazer em ferir outro
alguém. Que distorção monstruosa era aquela que se apoderava das pessoas? E que
cegueira absurda era aquela que fazia com que tantos assistissem sem
interferir?
É interessante
pensarmos que nem sempre as vítimas de bullying são aquelas que apresentam
alguma característica física diferente ou mais evidente. Na verdade são
escolhidas como vítimas aqueles que possuem algum tipo de fragilidade, seja
física ou emocional. Cabem aqui os mais sensíveis, os tímidos, os
emocionalmente fragilizados; ou os que diferem em algum aspecto, e por seu
comportamento diferenciado acabam por “incomodar” seus agressores.
Já os praticantes de
bullying, tem um perfil diferente. Sentem prazer de ver e sentir o desprazer do
próximo. Buscam a aprovação do grupo a qualquer custo. Fazem uso da fragilidade
alheia para se sentirem com um controle e poder que, na certa, há muito
escapara de suas mãos na vida. Bullying é um ato consciente, hostil, repetitivo
e deliberado que tem um objetivo: ferir os outros e angariar poder através da
agressão.
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/eu_bullying.htm
- Patricia Gebrim
Lendo este texto na
página da UOL, que transcrevo aqui na integra, me dá a certeza de que todos que
discriminam os homossexuais estão na verdade combatendo uma vontade reprimida e
por medo de assumir, agridem os que tiveram coragem para tal.
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