terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dois pesos e duas medidas

Toda vez que alguém questiona a imprensa, alguns setores da sociedade, inclusive a imprensa, se arrepiam. É invocada a democracia e a liberdade de opinião e todos os avanços que o povo brasileiro conquistou para transformar esta nação livre e soberana são questionados.
Todo democrata defende por convicção a liberdade de imprensa, mas isso não impede de questionar os métodos utilizados pela grande e poderosa mídia nacional no que se refere a política e poder. É notória a preferência da maioria da mídia brasileira por tudo que seja oposição ao PT, ao Lula e a Dilma. É como se tudo de ruim que acontecesse no Brasil fosse responsabilidade deste governo e que os outros atores, incluindo-se ai os partidos de oposição fossem um mar de ética, transparência e competência. Através de um fato ocorrido a pouco tempo procurarei demonstrar o poder da mídia em proteger os aliados e reduzir a pó os desafetos.
Poucos meses atrás. O senador mineiro do PSDB Aécio Neves foi abordado em seu carro por uma blitz policial na madruga de Belo Horizonte. Visivelmente embriagado, recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Nada aconteceu a ele. A imprensa timidamente noticiou o fato na hora e no outro dia calou-se submetendo o assunto ao esquecimento.
Imagine a mesma cena se o infrator não fosse o Aécio e sim o Lula. Será que a livre, ética e democrática imprensa brasileira agiria assim?

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