segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Papa e a Aids



Em um livro intitulado  "Light of the World: The Pope, the Church and the Signs of the Times" (Luz do Mundo: O Papa, a Igreja e os Sinais do Tempo), que será lançado na terça-feira dia 23 de novembro, na Alemanha e na Itália, o Papa Bento XVI, 83 anos, afirma que o uso de preservativos é aceitável "em certos casos", especialmente para reduzir o risco de infecção do HIV, ou seja com prostitutas, mas insiste que não é a "verdadeira" maneira para combater a Aids, já que para ele é necessária uma "humanização da sexualidade". Entretanto, ressalta veemente: "A doutrina católica não muda, o uso do preservativo está proibido".
Com todo respeito aos católicos do mundo, mas este senhor deve estar brincando. Imagina se o Deus que ele defende, sob qualquer pretexto, concordaria com as suas palavras e com essa doutrina. Se esse Deus para os católicos é a eminência máxima do amor, fica impossível acreditar que ele estaria de acordo com esta bobagem.  Negar a sexualidade das pessoas é negar a própria historia da humanidade. Como podemos em pleno século XXI, de posse de tantas informações, tantos avanços tecnológicos e também com tantos e graves problemas, aceitarmos uma doutrina que não era nem respeitada na idade medieval, de onde a igreja católica ainda não saiu.
O Papa pelo que ele representa no mundo ocidental deveria levantar a bandeira da moralidade e do humanismo pregando a utilização de preservativos e quaisquer tipos de proteções contra doenças sexualmente transmissíveis e assim preservar vidas de homens e mulheres. Tratar este assunto como pecado e não discuti-lo com a sociedade onde a igreja católica esta inserida é no mínimo uma irresponsabilidade e um desserviço que o Papa, a igreja, os padres e as beatas de plantão praticam contra a humanidade.

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