sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pequenos e Podres Poderes (parte 2)

Acumulo experiência profissional de quase 32 anos em sala de aula e sou pai há 22 anos, penso então possuir bastante vivência para tratar do “Pequeno e Podre Poder” que alguns pequenos ditadores que ocupam cargos de professores e diretores nas escolas exercem em nossos filhos e na nossa nação.
Como pai de dois filhos que freqüentaram e ainda freqüentam escolas e também como profissional, sempre como professor e algumas vezes como diretor, encontrei e tive o prazer de compartilhar experiências profissionais e de vida com inúmeros professores e diretores que não mediam esforços para levar conhecimento de forma ética aos alunos, fazendo assim da educação um belo exercício de cidadania. Penso que a escola sempre foi e será o mais importante reduto da inserção dos alunos como cidadãos pensadores, democráticos e éticos, porém as atrocidades cometidas por professores e diretores despreparados e/ou desprovidos de ética causam danos irreversíveis na formação dos seus alunos.
Inúmeras vezes aconteceram situações vexatórias envolvendo crianças, adolescentes e até mesmo com adultos dentro das salas de aula, e sempre que isso acontecia o principal protagonista destas ações era o professor e quase sempre amparado por uma direção fraca e incompetente. Farei aqui um breve resumo de algumas situações que aconteceram com os meus filhos e com certeza com muitos outros. Tias, tidas como professoras tentaram impor a sua religiosidade e moral como se fossem a sua verdade fosse absoluta. Professoras de arte por incompetência técnica, didática e humana ridicularizando trabalhos de criação de crianças. Pseudos educadores que desconheciam distúrbios neurológicos em crianças e as tratavam como marginais. Neuróticas de avental com formação acadêmica em faculdades com qualidade questionável que berravam conceitos e conteúdos duvidosos em português horroroso graças a sua péssima formação.
No âmbito da direção da escola, os malefícios destes pequenos e podres poderes causam malefícios imensuráveis. Ao primeiro sinal de confronto, ou visando à diminuição da folha de pagamento, ou ainda pelo bel prazer, diretores déspotas demitem bons professores. Criam concursos fajutos e contratam amigos, leigos ou servis para assim agradarem os seus mantenedores e se perpetuam em seus cargos. Estupram projetos pedagógicos visando única e exclusivamente vantagens, agem de forma violenta e antidemocrática com os alunos e professores quando estes questionam seus métodos, em nome de sua vaidade mentem para a sociedade e além de tudo isso, mascaram a má qualidade de seus cursos usando o marketing como estratégia.
Convivi com verdadeiros educadores que ocupavam diversos cargos na educação. Eles são a maioria, porém diversas maças podres ainda atuam em salas de aula e na direção de escolas. O pequeno e podre poder que exercem deve ser tratado como um câncer que devemos extirpar das nossas escolas.

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